Capítulo 3
10 horas. Palmira Ferreira de Menezes chega à entrada do Ritz onde espera ansiosamente por Fernando. Vem bonita, este novo penteado fica-lhe a matar. Saltos bem altos, meias de rede, saia preta e uma camisa justa rosa claro que lhe realça ainda mais os seus fenomenais seios.
Tivera tempo de ir a casa trocar de roupa. Tomou um longo duche de sais relaxantes, retocou a depilação, e aplicou um bom creme hidratante.
O marido de Palmira trabalhava por turnos o que lhe permitia estas escapadinhas. 3 vezes por semana a filha de Palmira passava a noite na casa da avó paterna pois saía muito tarde da esgrima e entrava cedo no colégio. A casa da avó ficava entre o ginásio e o colégio, enquanto que a casa de Palmira ficava a 40 minutos de um e do outro. Era mais prático e seguro assim. Palmira adorava que assim fosse, também.
Vestiu-se, calçou-se, pintou-se discretamente e perfumou-se com o seu novíssimo miracle Intense da Lâncome. Lia-se na embalagem “Lancôme revisita a fragrância de Miracle e cria sob a sua assinatura Miracle Intense: uma re-interpretação mais especiada, mais sensual e mais voluptuosa de Miracle. Uma partida radiosa e especiada de gengibre e de pimenta. ”. Pimenta.....uhmmm....assim iria ser a sua noite...quente!
10 horas. Palmira Ferreira de Menezes chega à entrada do Ritz onde espera ansiosamente por Fernando. “Vem bonita!” pensou Fernando que acabara também de chegar. Com um olhar intenso deu-lhe o combinado sinal que subiriam mal ele fizesse o check-in. Encontraram-se como sempre junto do elevador nºº 1. A partir daquele instante Palmira era de outro homem. Um homem que a fazia sentir-se mulher, desejada, arrojada, sexy.
O sangue começava agora a correr mais quente, mais rápido. A respiração de Palmira estava alterada assim como o batimento do seu coração. A excitação e o desejo começavam a subir-lhe num frenesim exacerbado, mal conseguindo aguentar-se.
Sózinhos no elevador, Fernando ofereceu-lhe 1 rosa que trazia um cartão onde se lia: “Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante." - Antoine de St. Exupery (in "O princepezinho") ” Após ler o cartão e mesmo sem entender na perfeição aquela mensagem, Palmira sensualmente abraçou Fernando e sem mais palavras beijaram-se.
De repente não existia mais elevador, nem hotel, nem pessoas, nem mundo. De repente eram só aquele beijo mágico. O sangue fervia. Fernando sentia o desejo ardente de arrancar todas as roupas de Palmira . Queria ali mesmo penetrar a bela amante e animalescamente saciar-se. Mas teria de esperar um pouco mais.
Ambos respeitavam o código de boas maneiras e o pudor inibia-os de consumar o acto ali mesmo no elevador nº1.
Plim plim plim
O elevador parou no 10º e último andar do Hotel. Palmira e Fernando apressadamente dão um jeito à roupa desalinhada, não fosse do lado de lá estar alguém que pudesse ficar mal impressionado com aquele desarranjo. De mão dada e olhares cúmplices caminharam vigorosamente para o quarto.
Era um quarto lindissimo. Enorme. Decorado em tons bege e castanho. Dois sofás enormes beges com almofadas decoradas com folhinhas castanhas, o mesmo padrão usado nos dois cadeirões que formavam o U na “sala”. Uma mesinha de apoio ao centro com um candelabro lindíssmo em prata destacava-se pelas altas velas acesas que aqueciam o ambiente. Os cortinados bem abertos permitiam ver o Rio e o Castelo todo iluminado. Que ambiente quente. Que ambiente bom. E que homem quente e bom estava ali com Palmira.
Dois flutes e uma garrafa de MOET & CHANDON - Cuvée Dom Perignon 95 – 150 euros a garrafa – esperavam o casal no quarto. Palmira rejubilou com a ideia de ir beber um champagne tão fino e com tanta classe. Mas Fernando não quis esperar. Lentamente foi desabetoando a camisa de Palmira. Lentamente se foi descobrindo a rendinha branca que finalizava o soutien. Fernando passou a mão e tacteou aquele material macio, mas ele queria sentir a pele de Palmira. Rasgou os últimos botões da camisa de Palmira que explodia já em excitação. Ela quase que tinha vontade de rasgar tudo e num abraço apertado satisfazer ali as suas fantasias e o seu húmido desejo. Aguentou forte, pois aqueles momentos excitantes também lhe davam imenso prazer.
Já sem saia, Fernando contemplou aquele corpo esbelto de mulher que engana a idade que tem.
E ali estava Palmira, exibindo o seu conjunto branco imaculado rendilhado e muito muito sexy, meias de rede e sapatos de salto ainda calçados.
Não aguentaram mais e numa espécie de dança coordenada deixaram-se cair sobre a cama ainda feita. Num acto de luxuria, num acto de paixão louca, mas lenta, os dois corpos dançavam a mesma dança. Uma dança ritmada e conhecida de ambos. Uma dança profunda, de satisfação mútua, de prazer, de explosão.
Palmira não queria que aquele momento acabasse nunca, mas tinha consciência que não podia durar a noite toda, pois teria que regressas a casa e fazer o papel que lhe competia.
A dança terminou com um orgasmo fenomenal, e nada fingido como tinha que fazer em casa com o marido.
Esta noite não houve minetes nem broches, o desejo falou mais altos e outros preliminares tiveram que ficar para outra altura. No entanto, nada disso tinha importância, pois tinha sido uma noite mágica.
Fernando estava especialmente simpático e romântico. Levantou-se subtilmente e foi servir champagne. Trazia um flute em cada mão servido a preceito. Voltou para junto de Palmira, que ainda recuperava o fôlego de tão intensa experiência – talvez a mais intensa vivida até hoje. Brindaram àquela noite e depois um gole saboreado Fernando beijou Palmira e disse-lhe :
” não há nada que me dê mais prazer do que estar contigo, tocar a tua pele sedosa e macia. Nada me traz uma sensação melhor!
Estar contigo, olhar para ti e sentir o teu desejo de estar mais próxima, mais perto, mais colada em mim, faz com que eu me sinta exactamente no Paraíso ou, talvez, mais próximo daquele círculo do inferno de Dante para onde seriam mandados os que pecam por luxúria!!
Tu excitas-me a partir do olhar, excitas-me a cada gesto, consegues excitar-me até mesmo quando pedes que eu observe apenas a maneira charmosa - e um tanto maliciosa! - de te mostrares...
Consegues excitar-me sempre! Até mesmo quando estás a quilómetros de distância, até mesmo quando só estás no meu pensamento!
Excitas-me porque te amo, e porque sei que é muito bom estar na tua companhia, é muito bom poder matar a sede com o teu suor, com a tua saliva, com todos os líquidos abundantes e saborosos que brotam deste teu corpo sensual...
É muito bom matar a minha sede a fazer amor contigo! ”
Palmira arrepiou-se num misto de excitação, contentamento, e de terror. Terror? Porquê de terror?
" Boa tarde, faz favor de dizer."
" Venho dar parte do desaparecimento de uma pessoa."
António fazia-se acompanhar de Joana. A menina vinha chorosa e o pai bastante preocupado.
"O seu nome por favor."
-"António Alfredo Teixeira de Menezes."
por Sara Correia...ainda sans-blogue, à vergonha do seu marido! :)
Tivera tempo de ir a casa trocar de roupa. Tomou um longo duche de sais relaxantes, retocou a depilação, e aplicou um bom creme hidratante.
O marido de Palmira trabalhava por turnos o que lhe permitia estas escapadinhas. 3 vezes por semana a filha de Palmira passava a noite na casa da avó paterna pois saía muito tarde da esgrima e entrava cedo no colégio. A casa da avó ficava entre o ginásio e o colégio, enquanto que a casa de Palmira ficava a 40 minutos de um e do outro. Era mais prático e seguro assim. Palmira adorava que assim fosse, também.
Vestiu-se, calçou-se, pintou-se discretamente e perfumou-se com o seu novíssimo miracle Intense da Lâncome. Lia-se na embalagem “Lancôme revisita a fragrância de Miracle e cria sob a sua assinatura Miracle Intense: uma re-interpretação mais especiada, mais sensual e mais voluptuosa de Miracle. Uma partida radiosa e especiada de gengibre e de pimenta. ”. Pimenta.....uhmmm....assim iria ser a sua noite...quente!
10 horas. Palmira Ferreira de Menezes chega à entrada do Ritz onde espera ansiosamente por Fernando. “Vem bonita!” pensou Fernando que acabara também de chegar. Com um olhar intenso deu-lhe o combinado sinal que subiriam mal ele fizesse o check-in. Encontraram-se como sempre junto do elevador nºº 1. A partir daquele instante Palmira era de outro homem. Um homem que a fazia sentir-se mulher, desejada, arrojada, sexy.
O sangue começava agora a correr mais quente, mais rápido. A respiração de Palmira estava alterada assim como o batimento do seu coração. A excitação e o desejo começavam a subir-lhe num frenesim exacerbado, mal conseguindo aguentar-se.
Sózinhos no elevador, Fernando ofereceu-lhe 1 rosa que trazia um cartão onde se lia: “Foi o tempo que dedicaste à tua rosa que fez tua rosa tão importante." - Antoine de St. Exupery (in "O princepezinho") ” Após ler o cartão e mesmo sem entender na perfeição aquela mensagem, Palmira sensualmente abraçou Fernando e sem mais palavras beijaram-se.
De repente não existia mais elevador, nem hotel, nem pessoas, nem mundo. De repente eram só aquele beijo mágico. O sangue fervia. Fernando sentia o desejo ardente de arrancar todas as roupas de Palmira . Queria ali mesmo penetrar a bela amante e animalescamente saciar-se. Mas teria de esperar um pouco mais.
Ambos respeitavam o código de boas maneiras e o pudor inibia-os de consumar o acto ali mesmo no elevador nº1.
Plim plim plim
O elevador parou no 10º e último andar do Hotel. Palmira e Fernando apressadamente dão um jeito à roupa desalinhada, não fosse do lado de lá estar alguém que pudesse ficar mal impressionado com aquele desarranjo. De mão dada e olhares cúmplices caminharam vigorosamente para o quarto.
Era um quarto lindissimo. Enorme. Decorado em tons bege e castanho. Dois sofás enormes beges com almofadas decoradas com folhinhas castanhas, o mesmo padrão usado nos dois cadeirões que formavam o U na “sala”. Uma mesinha de apoio ao centro com um candelabro lindíssmo em prata destacava-se pelas altas velas acesas que aqueciam o ambiente. Os cortinados bem abertos permitiam ver o Rio e o Castelo todo iluminado. Que ambiente quente. Que ambiente bom. E que homem quente e bom estava ali com Palmira.
Dois flutes e uma garrafa de MOET & CHANDON - Cuvée Dom Perignon 95 – 150 euros a garrafa – esperavam o casal no quarto. Palmira rejubilou com a ideia de ir beber um champagne tão fino e com tanta classe. Mas Fernando não quis esperar. Lentamente foi desabetoando a camisa de Palmira. Lentamente se foi descobrindo a rendinha branca que finalizava o soutien. Fernando passou a mão e tacteou aquele material macio, mas ele queria sentir a pele de Palmira. Rasgou os últimos botões da camisa de Palmira que explodia já em excitação. Ela quase que tinha vontade de rasgar tudo e num abraço apertado satisfazer ali as suas fantasias e o seu húmido desejo. Aguentou forte, pois aqueles momentos excitantes também lhe davam imenso prazer.
Já sem saia, Fernando contemplou aquele corpo esbelto de mulher que engana a idade que tem.
E ali estava Palmira, exibindo o seu conjunto branco imaculado rendilhado e muito muito sexy, meias de rede e sapatos de salto ainda calçados.
Não aguentaram mais e numa espécie de dança coordenada deixaram-se cair sobre a cama ainda feita. Num acto de luxuria, num acto de paixão louca, mas lenta, os dois corpos dançavam a mesma dança. Uma dança ritmada e conhecida de ambos. Uma dança profunda, de satisfação mútua, de prazer, de explosão.
Palmira não queria que aquele momento acabasse nunca, mas tinha consciência que não podia durar a noite toda, pois teria que regressas a casa e fazer o papel que lhe competia.
A dança terminou com um orgasmo fenomenal, e nada fingido como tinha que fazer em casa com o marido.
Esta noite não houve minetes nem broches, o desejo falou mais altos e outros preliminares tiveram que ficar para outra altura. No entanto, nada disso tinha importância, pois tinha sido uma noite mágica.
Fernando estava especialmente simpático e romântico. Levantou-se subtilmente e foi servir champagne. Trazia um flute em cada mão servido a preceito. Voltou para junto de Palmira, que ainda recuperava o fôlego de tão intensa experiência – talvez a mais intensa vivida até hoje. Brindaram àquela noite e depois um gole saboreado Fernando beijou Palmira e disse-lhe :
” não há nada que me dê mais prazer do que estar contigo, tocar a tua pele sedosa e macia. Nada me traz uma sensação melhor!
Estar contigo, olhar para ti e sentir o teu desejo de estar mais próxima, mais perto, mais colada em mim, faz com que eu me sinta exactamente no Paraíso ou, talvez, mais próximo daquele círculo do inferno de Dante para onde seriam mandados os que pecam por luxúria!!
Tu excitas-me a partir do olhar, excitas-me a cada gesto, consegues excitar-me até mesmo quando pedes que eu observe apenas a maneira charmosa - e um tanto maliciosa! - de te mostrares...
Consegues excitar-me sempre! Até mesmo quando estás a quilómetros de distância, até mesmo quando só estás no meu pensamento!
Excitas-me porque te amo, e porque sei que é muito bom estar na tua companhia, é muito bom poder matar a sede com o teu suor, com a tua saliva, com todos os líquidos abundantes e saborosos que brotam deste teu corpo sensual...
É muito bom matar a minha sede a fazer amor contigo! ”
Palmira arrepiou-se num misto de excitação, contentamento, e de terror. Terror? Porquê de terror?
" Boa tarde, faz favor de dizer."
" Venho dar parte do desaparecimento de uma pessoa."
António fazia-se acompanhar de Joana. A menina vinha chorosa e o pai bastante preocupado.
"O seu nome por favor."
-"António Alfredo Teixeira de Menezes."
por Sara Correia...ainda sans-blogue, à vergonha do seu marido! :)